"Já não há atraso no PRR [Plano de Recuperação e Resiliência]. Estamos a horas no cumprimento do PRR e, nesta fase, estamos até com algum avanço", afirmou Castro Almeida, que falava, em Lisboa, num encontro organizado pela Estrutura de Missão Recuperar Portugal, criada para negociar e monitorizar a execução do PRR.
O ministro disse que, até aqui, foi percorrido um caminho "exigente" para os governos e "muitíssimo exigente" para a Administração Pública.
Para justificar que o PRR já não está atrasado, o governante recorreu a vários indicadores como o número de marcos e metas cumpridos, posicionando-se Portugal no quinto lugar entre os 27 Estados-membros.
Ao nível dos reembolsos, Portugal ocupa a sétima posição, enquanto no que diz respeito ao número de pagamentos apresentados a Bruxelas, o país está em segundo lugar, à semelhança do que acontece com os pedidos de pagamento já recebidos.
Castro Almeida adiantou ainda que Portugal está em condições de apresentar o sétimo pedido de pagamento ainda este mês.
No entanto, avisou que os primeiros pedidos exigem o cumprimento de um menor número de marcos e metas.
Assim, vincou que os últimos dois pedidos são muitíssimo exigentes.
"Se digo com alguma tranquilidade que já recuperámos o atraso , temos de ter a noção de que o trabalho que está à nossa frente é tanto como o que foi feito até aqui. Temos um enorme trabalho a fazer. Por isso, vai ser necessário reforçar a dedicação dos dedicados trabalhadores desta causa", apontou.
O PRR, que tem um período de execução até 2026, pretende implementar um conjunto de reformas e investimentos tendo em vista a recuperação do crescimento económico.
Além de ter o objetivo de reparar os danos provocados pela covid-19, este plano tem o propósito de apoiar investimentos e gerar emprego.
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