Rússia aconselha EUA a pararem com ameaças se querem manter relações
O vice-ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergey Riabkov, avisou hoje que os Estados Unidos devem parar de fazer ameaças à Rússia se quiserem manter relações com Moscovo.
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Mundo Ucrânia/Rússia
"A abordagem do que precisa de ser feito para manter as relações é, sem dúvida, correta. Eles [os americanos] simplesmente precisam de parar com a sua escalada, tanto verbalmente, como do ponto de vista de encher o regime de Kiev de armas", disse Riabkov a um grupo de jornalistas, citado pela agência Interfax.
O vice-ministro acrescentou: "também é necessário parar de criar ameaças à Rússia".
"Se [os americanos] conseguirem exercer alguma influência positiva em Kiev - o que não só tenho dúvidas, como estou convencido de que infelizmente não acontecerá - acho que haveria alguma perspetiva de normalização das relações", disse.
Segundo Riabkov, Moscovo observa uma "tendência de quebra", por culpa dos Estados Unidos, nas relações com a Rússia.
"Lamentamos, mas isso não influencia a nossa determinação de avançar para alcançar os objetivos da operação militar especial (na Ucrânia) e nos adaptarmos às circunstâncias criadas pelas sanções dos EUA", sublinhou.
Na segunda-feira, a Rússia apresentou um protesto ao embaixador dos EUA em Moscovo, John Sullivan, por algumas declarações do presidente dos EUA, Joe Biden, sobre o seu homólogo russo, Vladimir Putin, que considerou inaceitáveis.
Moscovo alertou que os comentários de Biden, "indignos de um estadista de alto nível, colocam as relações EUA-Rússia à beira da rutura".
Na quinta-feira passada, o presidente dos EUA descreveu Putin como um "ditador assassino" que autorizou ataques "desumanos" contra a Ucrânia.
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