A Polícia Militar brasileira matou, na sexta-feira, um homem que estava na rua, em São Carlos, no interior de São Paulo, a correr com uma faca e uma réplica de arma de fogo na mão, ameaçando as pessoas que estavam no local, em frente a uma agência bancária.
As autoridades brasileiras justificaram a morte com o facto de André da Silva estar "totalmente transtornado", não ter aceitado as tentativas de negociação nem cedido ao uso de armas não letais como taser e disparos de balas de borracha, acabando por ameaçar a população que estava no local.
A polícia disparou, de acordo com o relatório da ocorrência citado pelo site brasileiro Metrópoles, 11 tiros sobre o homem no momento em que começou a correr, com as armas, em direção aos populares. As autoridades garantem que apenas agiram com o objetivo de "preservar a integridade física dos presentes".
Depois dos 11 disparos, a Polícia Militar ativou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que declarou o óbito de André da Silva no local.
No final da ocorrência, a polícia encontrou ainda, entre os objetos deixados pelo homem, um objeto explosivo, que foi depois desativado. Além das armas, André da Silva tinha também cocaína num dos bolsos das calças.
O caso foi registado como "homicídio/morte no decorrer de intervenção policial". No entanto, num comunicado, a Secretaria da Segurança Pública informou que a Polícia Civil e a Militar vão investigar "todas as circunstâncias".
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