Num breve comunicado publicado na rede social X (antigo Twitter), a Presidência do Conselho de Ministros do Líbano informou que "Mikati deu instruções para reabrir a embaixada libanesa em Damasco após o seu encerramento durante os acontecimentos" no país vizinho.
A decisão surge depois de uma reunião entre o primeiro-ministro libanês e o ministro dos Negócios Estrangeiros, Abdullah Bou Habib, na qual também foram discutidas "as atuais comunicações diplomáticas para suspender as agressões israelitas e a situação na Síria".
No domingo, o porta-voz oficial do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Qatar, Majed al Ansari, anunciou que uma delegação diplomática estava em Damasco para cumprir as formalidades necessárias à abertura da sua embaixada na Síria, sem ser divulgada uma data oficial.
O enviado especial da ONU para a Síria, Geir Pedersen, assegurou hoje que as Nações Unidas tencionam prestar "toda a assistência possível" à população síria, depois de se ter reunido em Damasco com os novos dirigentes do país.
A queda do regime sírio de Bashar al-Assad, que esteve no poder 24 anos, aconteceu na sequência de uma ofensiva relâmpago conduzida por uma coligação opositora, liderada pela Organização Islâmica de Libertação do Levante (Hayat Tahrir al Sham, ou HTS, em árabe) e que inclui fações pró-turcas.
A queda do regime de Bashar al-Assad, que fugiu com a família para a Rússia após os rebeldes terem tomado o controlo de Damasco, ditou o fim de cinco décadas de poder da família do ex-presidente, mas também está a lançar várias interrogações sobre o futuro deste país devastado e fraturado por 13 anos de guerra civil, um conflito que ganhou ao longo dos anos uma enorme complexidade, com o envolvimento de países estrangeiros e de grupos 'jihadistas'.
O novo poder instalado em Damasco entretanto nomeou o político Mohammed al-Bashir como primeiro-ministro interino do governo sírio de transição, cargo que assumirá até março de 2025.
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