Figura principal do Partido Conservador, Poilievre exigiu a Jagmeet Singh, líder do Novo Partido Democrático (NPD), de matriz social-democrata, que deixe de apoiar o Governo do Partido Liberal para possibilitar a marcação antecipada de eleições.
O opositor de Trudeau defendeu também que as eleições devem ser realizadas imediatamente para que o Canadá tenha um novo Governo antes da tomada de posse do presidente eleito nos Estados Unidos, Donald Trump, em 20 de janeiro.
Freeland publicou a sua carta de demissão nas redes sociais, na qual admite que mantém divergências com Trudeau "sobre a melhor forma de fazer avançar" a situação económica do país.
"Após refletir, concluí que o único caminho honesto e viável é demitir-me do Governo", disse Freeland.
A ex-ministra das Finanças explicou que, na sexta-feira, Trudeau lhe ofereceu outro cargo no seu Governo e acrescentou que vai manter o seu lugar na câmara baixa do Parlamento e recandidatar-se nas próximas eleições.
Fontes governamentais citadas pelos meios de comunicação canadianos indicaram que a demissão de Freeland surpreendeu Trudeau, que se preparava para reorganizar o seu Governo nos próximos dias.
Durante meses, os meios de comunicação social do Canadá noticiaram que Trudeau deseja adicionar Mark Carney, ex-governador-geral do Banco do Canadá e do Banco de Inglaterra, à sua equipa, para assumir o comando da pasta das Finanças.
O Governo previa apresentar hoje o balanço económico de outono e anunciar "reformas históricas" nas suas políticas, especialmente à luz da anunciada imposição de tarifas sobre produtos canadianos por parte de Trump.
Na sua carta de demissão, recebida por Trudeau ao mesmo tempo do anúncio de Freeland nas redes sociais, a ex-ministra afirmou que o Canadá deve encarar o segundo mandato de Trump como presidente dos Estados Unidos "com extrema seriedade".
O líder do Partido Conservador afirmou que a cata de demissão é uma prova de que Freeland não confia mais em Trudeau, daí considerar necessária a marcação imediata de eleições.
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