Os agressores invadiram a mesquita da aldeia de Marda enquanto os muçulmanos estavam a realizar a sua oração tradicional de sexta-feira e, além de atearem fogo, escreveram nas paredes: "Vingança" e "O homem justo irá sentir-se alegre quando vir a vingança", segundo o jornal israelita Haarezt.
O governador do distrito de Salfit, Abdallah Kamil, denunciou que esta situação "não teria acontecido sem a proteção constante que os colonos recebem do exército israelita, que lhes permitem entrar nas aldeias, escreverem frases racistas e vandalizarem propriedades".
O exército israelita, de acordo com estes relatos, foi destacado na madrugada de hoje para o local da mesquita incendiada.
No entanto, consultados pela agência de notícias EFE, os militares israelitas não adiantaram mais detalhes.
A ONU informou no início deste mês sobre um "aumento acentuado" dos ataques de colonos israelitas contra aldeias palestinianas na Cisjordânia, especialmente contra agricultores. Além disso, observou que estes ataques são frequentemente cometidos com o apoio do exército israelita, destacando ainda a expansão dos colonatos na Cisjordânia ocupada, incluindo Jerusalém Oriental.
Até agora, em 2024, pelo menos 479 palestinianos foram mortos neste território por fogo israelita, a maioria deles milicianos nos campos de refugiados, mas também civis, incluindo pelo menos 74 menores, segundo um levantamento da EFE.
O exército israelita intensificou as suas incursões na Cisjordânia após o início da guerra entre Israel e o grupo islamita Hamas na Faixa de Gaza, em 07 de outubro de 2023.
Leia Também: Hamas condena operações das forças de segurança palestinianas em Jenin