"Há um caminho", declarou François Bayrou aos seus ministros, segundo o seu gabinete, acrescentando: "Está ainda mais bem definido do que pensamos".
O primeiro-ministro centrista, de 73 anos, colocou 2025 sob os auspícios da "reconciliação, ação e estabilidade".
O Presidente Emmanuel Macron, por sua vez, pediu aos ministros unidade e audácia, informou a porta-voz do Governo, Sophie Primas.
Expressou ainda a sua "preocupação com a instabilidade que as democracias estão a viver", acrescentou uma fonte governamental citada pela agência France Presse (AFP), e alertou para "golpes políticos que colocariam o país em perigo".
Bayrou foi o quarto primeiro-ministro francês em funções em 2024.
O executivo do seu antecessor, Michel Barnier, durou três meses, antes de ser deposto por uma aliança de deputados de esquerda e de extrema-direita, num ciclo de instabilidade política que não se via em França há décadas.
A Assembleia Nacional (parlamento) está dividida em três blocos (esquerda, macronistas/direita e a extrema-direita da União Nacional) e nenhum tem maioria absoluta.
O primeiro desafio do novo Governo será aprovar um orçamento do Estado para 2025 na Assembleia Nacional, sob pressão da oposição e dos mercados financeiros.
Com um défice claramente decrescente, de 6,2% do Produto Interno Bruto (PIB) previsto para este ano, a França está na cauda da Europa neste indicador, ao apresentar o pior desempenho dos 27 do bloco comunitário, com exceção da Roménia, longe do limite máximo de 3% autorizado pelas regras da União Europeia.
Segundo o jornal Le Monde, Bayrou terá estabelecido uma meta de défice de 5,4% do PIB.
No dia 14 de janeiro, fará a sua primeira apresentação de política geral.
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