Argentina reitera pedido à Venezuela para libertar polícia

A Argentina reiterou hoje as exigências ao Governo venezuelano para que liberte Nahuel Gallo, após terem sido divulgadas imagens do polícia argentino detido no país desde 08 de dezembro.

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© MAGALI CERVANTES/AFP via Getty Images

Lusa
03/01/2025 17:51 ‧ ontem por Lusa

Mundo

Argentina

A ministra da Segurança argentina, Patricia Bullrich, afirmou que o Governo de Buenos Aires não aceitará "nenhum jogo", após terem sido divulgadas imagens do detido "num lugar desconhecido, sem som e sem data".

 

Os meios de comunicação social argentinos publicaram na noite de quinta-feira, uma foto e um breve vídeo onde Gallo é visto a caminhar num recinto fechado a céu aberto, que não foi possível identificar.

Em declarações à Rádio Mitre, Bullrich afirmou que o homem que aparece nas imagens se trata de Gallo, que foi identificado através "pormenores" que a ministra não quis especificar.

Bullrich atribuiu a divulgação das imagens do detido argentino ao Governo do Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, e classificou-as como uma "pantomima".

"A única coisa que a Argentina aceita é que Nahuel Gallo seja colocado num avião e enviado para a Argentina. É a única condição", disse a ministra, que criticou o Governo de Maduro por tentar "mostrar que Gallo está bem, como se fosse um regime normal".

"Isto é uma ditadura e as ditaduras fazem estas coisas, dão provas de vida", acrescentou.

Argentina apresentou queixa ao Tribunal Penal Internacional (TPI) na quinta-feira na sequência da detenção do polícia argentino e pediu à Comissão Interamericana dos Direitos Humanos (CIDH) que adotasse medidas cautelares neste caso.

Gallo, membro da Gendarmeria Nacional Argentina (polícia militarizada de fronteira), entrou em território venezuelano através de um posto fronteiriço terrestre no dia 08 de dezembro, a partir da Colômbia, com o intuito de visitar a sua companheira, com quem tem um filho, segundo fontes oficiais argentinas.

No domingo passado, o procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, disse ao jornal argentino Clarín que Gallo estava detido em Caracas sob a acusação de conspiração, terrorismo, financiamento do terrorismo e associação ilícita por estar "envolvido no planeamento e execução de crimes graves contra a segurança" da Venezuela.

O procurador venezuelano assegurou que "Gallo está bem de saúde" e que "a sua integridade foi respeitada como exigido pela lei e pela Constituição".

Segundo Saab, o polícia argentino "foi detido depois de tentar entrar ilegalmente no país vindo da Colômbia" e há "informações dos serviços secretos que o ligam ao planeamento de ações desestabilizadoras e terroristas em território venezuelano".

Leia Também: Argentina apresenta queixa no TPI por detenção de polícia na Venezuela

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