"Com o seu conhecimento único, as Forças Armadas suecas estão a contribuir para ajudar a Finlândia a esclarecer o que aconteceu", declarou o primeiro-ministro, Ulf Kristersson, citado num comunicado.
O petroleiro 'Eagle S', com pavilhão das Ilhas Cook, é suspeito de ter danificado no dia de Natal, no mar Báltico, o cabo submarino elétrico EstLink2, que liga a Finlândia à Estónia e está, desde então, fora de serviço.
Ao mesmo tempo, a polícia finlandesa anunciou hoje que a investigação submarina estava "quase concluída no que respeita à análise do fundo do mar".
As operações de reparação foram iniciadas e, simultaneamente, foram recolhidas amostras, precisou.
O 'Eagle S' é suspeito de pertencer à "frota fantasma" russa -- uma expressão que designa os navios que transportam petróleo bruto e produtos petrolíferos russos que estão sujeitos a embargo.
O navio foi abordado e levado sob escolta para o porto de Kilpilahti, 40 quilómetros a leste de Helsínquia, onde os investigadores estão a inspecioná-lo e a interrogar a sua tripulação de cerca de 20 pessoas.
Oito marinheiros estão sob suspeita e proibidos de viajar.
A NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte, bloco de defesa ocidental), à qual a Finlândia e a Suécia aderiram recentemente, anunciou no final de dezembro de 2024 o reforço da sua presença militar no mar Báltico.
Muitos incidentes semelhantes têm ocorrido desde a invasão russa da Ucrânia, em fevereiro de 2022.
De acordo com especialistas e políticos, estas ações, que têm sobretudo como alvo as infraestruturas energéticas e de comunicações, fazem parte, segundo especialistas e responsáveis políticos, da "guerra híbrida" entre a Rússia e os países ocidentais naquele vasto espaço marítimo delimitado por vários membros da NATO e onde Moscovo também dispõe de pontos de entrada.
Dois cabos de telecomunicações foram cortados a 17 e 18 de novembro do ano passado nas águas territoriais suecas. Um navio graneleiro de pavilhão chinês, o Yi Peng 3, encontrava-se naquela zona na altura do incidente e ficou sob a mira de Estocolmo.
A União Europeia anunciou medidas para "proteger os cabos submarinos, nomeadamente melhorando o intercâmbio de informações, aplicando novas tecnologias de deteção e também meios de reparação submarina, e cooperando a nível internacional".
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