A procuradora-geral interina dos EUA para o Distrito Sul de Manhattan, cujo gabinete está a liderar a acusação do vasto caso de suborno e financiamento ilegal de campanhas envolvendo a Turquia, anunciou a sua demissão à sua equipa quinta-feira à tarde, num e-mail citado pelo jornal New York Times.
Questionada, o gabinete da procuradora não confirmou de imediato a demissão, noticiou a agência France-Presse (AFP).
"Há alguns momentos, apresentei a minha demissão", frisou Danielle R. Sassoon, cujo gabinete não respondeu oficialmente à imposição de Washington, segundo o diário de Nova Iorque.
A imprensa norte-americana revelou na segunda-feira o pedido feito pelo Departamento de Justiça aos procuradores federais de Manhattan para retirarem as acusações contra o presidente da câmara, Eric Adams, que voltou a proclamar a sua inocência neste caso na terça-feira.
As posições de Eric Adams sobre a questão da imigração, centrais para Trump, convergem cada vez mais com as do Presidente norte-americano.
"Os processos em curso restringiram indevidamente a capacidade do presidente da Câmara Adams de dedicar toda a sua atenção e recursos ao combate à imigração ilegal e ao crime", defendeu o Departamento de Justiça na sua carta aos procuradores de Nova Iorque.
O Governo republicano frisou também que os processos poderiam perturbar as primárias democratas do presidente da Câmara, que procura a reeleição.
A demissão de Sassoon, que surge no meio de preocupações sobre a independência do poder judicial sob a administração Trump, é a segunda em apenas alguns meses desde que o antigo magnata do mercado imobiliário foi eleito para um segundo mandato.
No final de novembro, Damian Williams, procurador do distrito de Manhattan, um dos mais sensíveis dos Estados Unidos, onde o rapper P. Diddy é acusado num caso mediático, demitiu-se antes da chegada à Casa Branca do bilionário, que prometera substituí-lo.
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