Homem condenado a 16 anos de prisão na Rússia por colaborar com Kyiv

Um habitante da região de Moscovo foi condenado a 16 anos de prisão por fornecer informações militares à Ucrânia e preparar ataques, foi hoje divulgado.

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Lusa
25/02/2025 17:12 ‧ há 3 horas por Lusa

Mundo

Ucrânia/Rússia

Em comunicado, o Comité de Investigação Russo informou que um homem foi julgado por ter tirado fotos em abril de 2024 de um local onde foi colocado um sistema de defesa antiaérea em Podolsk, cerca de 40 quilómetros a sul de Moscovo.

 

O homem terá enviado as imagens, juntamente com as coordenadas de localização, para a Ucrânia, a fim de "orientar um ataque de drones contra este local militar", segundo a mesma fonte.

O homem foi também acusado de ter trazido armas do território ucraniano para a Rússia em 2017 e de ter preparado ataques em várias regiões do país.

Um tribunal militar russo considerou o homem culpado de preparação de um ataque, tráfico de armas e cumplicidade em atividades terroristas, ditando uma condenação de 16 anos de prisão, acrescentou o Comité de Investigação.

Num outro caso, um residente da região de Rostov, no sul da Rússia, foi detido por ter transferido dinheiro para um cidadão ucraniano ligado ao exército da Ucrânia, informaram hoje os serviços de segurança russos (FSB).

O homem encontrava-se na Geórgia quando, de fevereiro a agosto de 2023, efetuou estas "repetidas transferências de fundos para um cidadão ucraniano condenado à revelia na Rússia e que interage ativamente com os comandantes das formações militares ucranianas", segundo o FSB, citado pela agência noticiosa TASS.

O homem foi acusado de "traição" e foi colocado em prisão preventiva.

Desde o início do ataque russo à Ucrânia, há três anos, tem-se registado um número crescente de julgamentos por "traição", "espionagem", "sabotagem" e "terrorismo".

A maioria destes casos é julgada à porta fechada e poucos pormenores são tornados públicos, registando-se, muitas vezes, condenações a pesadas penas de prisão.

Além dos julgamentos por colaboração com Kyiv, milhares, senão dezenas de milhares de pessoas foram punidas, ameaçadas ou presas na Rússia desde 2022 devido à sua oposição ao conflito na Ucrânia.

Em 2024, a russo-americana Ksenia Karelina foi condenada a 12 anos de prisão por uma simples doação de cerca de 50 dólares a uma organização ucraniana, tendo sido detida quando chegou à Rússia.

Leia Também: Ucrânia? Melo remete eventual envio de tropas para depois do plano de paz

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