"Estou particularmente empenhada para que a esquerda possa ter uma candidatura forte. Cada candidato que vai surgindo, e cada ideia que vai surgindo desses candidatos, reforça mais a necessidade de ter uma candidatura forte à esquerda", considerou Mariana Mortágua, em declarações aos jornalistas na sede nacional do partido, em Lisboa.
Mariana Mortágua aproveitou para lançar críticas a dois potenciais candidatos a Belém.
"Temos de um lado um protocandidato que acha que é tempo de voltarmos a enviar soldados para morrer na guerra e receber os seus caixões, que acha que é tempo de deixar de investir na saúde, na educação e no Estado Social para investir em armas e na militarização", criticou, referindo-se ao almirante Henrique Gouveia e Melo que na passada sexta-feira admitiu "alguma afetação nas despesas sociais" com um maior investimento em Defesa.
O outro possível candidato, o socialista António José Seguro, "acha que é tempo de o Parlamento português deixar de votar o Orçamento do Estado, que é basicamente a lei mais importante do país e um princípio base da democracia", criticou a bloquista.
Para Mariana Mortágua, "quanto mais estes candidatos vão surgindo nesta longa lista de putativos candidatos a Presidentes da República, mais se reforça a necessidade de haver um candidato forte à esquerda".
"Cada palavra que eu disser sobre isso atrapalha o meu objetivo de conseguir essa candidatura forte à esquerda e o objetivo do BE de conseguir essa candidatura. Portanto, não queria entrar na cacofonia sobre candidatos presidenciais e queria sim focar-me numa candidatura que possa representar o povo de esquerda", sublinhou.
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