"Eu estou muito confiante no bom senso e sentido de responsabilidade dos cidadãos da Madeira e do Porto Santo, no sentido de nos garantir uma maioria de governo", disse o também líder do PSD/Madeira, que se recandidata ao cargo de chefe do executivo madeirense, numa visita que fez a um restaurante no Funchal.
Na opinião de Miguel Albuquerque, "é fundamental neste momento para o futuro da Madeira" haver uma "votação expressiva" no PSD, partido que considera ser "aquele que, de facto, dá garantia de segurança, de previsibilidade, de tranquilidade".
O líder insular sustentou que a Região "não pode continuar nesta situação de instabilidade, até porque a conjuntura internacional não é muito favorável".
"O que se está a passar na Europa, nos Estados Unidos, (...) obriga a termos capacidade de ter governos estáveis, governos que consigam executar políticas de médio e longo prazo para o futuro", complementou.
Questionado sobre o facto de todos os partidos recusarem coligações com o PSD/Madeira, respondeu: "Preocupava-me era se quisessem fazer acordos comigo antes das eleições".
"Mas, a nossa posição é de irmos para as eleições com a expectativa e a esperança de termos a confiança da maioria do povo da Madeira", vincou.
Catorze candidaturas - 12 partidos isolados e duas coligações - entregaram candidaturas no Tribunal Judicial do Funchal para as eleições legislativas regionais antecipadas na Madeira em 23 de março.
Este sufrágio acontece devido à aprovação de uma moção de censura ao Governo Regional da Madeira minoritário, apresentada pelo grupo parlamentar do Chega, uma situação inédita na política do arquipélago que foi governado nos últimos 48 anos pelo PSD e foi pela primeira vez derrubado com recurso a este expediente.
O Chega apresentou a moção de censura com base no facto de o presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, ter sido constituído arguido num processo relacionado com suspeitas de corrupção, além de outras investigações judiciais envolvendo quatro secretários regionais, também constituídos arguidos.
Entretanto, o processo relativo a um deles, Eduardo Jesus, que tutela a Economia, Turismo e Cultura, foi arquivado pelo Ministério Público
Face a este cenário de queda do executivo madeirense, em 17 de janeiro, depois de ter reunido com os partidos com assento na Assembleia Legislativa da Madeira e o Conselho de Estado, o Presidente da República decidiu dissolver o parlamento regional e convocar eleições antecipadas para 23 de março, as terceiras no espaço de um ano e meio.
A campanha eleitoral na Madeira decorre entre 09 e 21 de março.
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