"Não podemos fazer qualquer comentário sobre este assunto", respondeu aos jornalistas o porta-voz da presidência russa (Kremlin), Dmitri Peskov, segundo a agência francesa AFP.
"Não sabemos qual é a realidade", acrescentou.
Moscovo e Pyongyang nunca admitiram ou negaram o destacamento de milhares de soldados norte-coreanos para a frente da guerra em Kursk, como afirmam Kiev e os seus aliados sul-coreanos, norte-americanos e europeus.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, anunciou no domingo a disponibilidade para entregar dois soldados norte-coreanos capturados em Kursk a Kim Jong-un, se o líder da Coreia do Norte conseguisse que fossem trocados por prisioneiros ucranianos.
"Continuamos a discutir a possibilidade de trocas [de prisioneiros], o que não é fácil (...), mas para nós a vida de cada soldado russo é importante", disse ainda o porta-voz do Kremlin.
A Rússia e a Ucrânia anunciaram, em 30 de dezembro, que tinham efetuado uma nova troca de mais de 300 prisioneiros na véspera de Ano Novo, com a mediação dos Emirados Árabes Unidos.
Moscovo e Kiev trocaram centenas de prisioneiros desde o início da ofensiva russa em fevereiro de 2022.
As duas partes também trocam regularmente os restos mortais dos soldados mortos nos combates.
A Ucrânia lançou em agosto de 2024 uma ofensiva na região de Kursk que lhe permitiu controlar parte do território russo junto à sua fronteira, apesar de uma contraofensiva das tropas de Moscovo.
As informações sobre o curso da guerra divulgadas pelas duas partes não podem ser verificadas de imediato por fontes independentes.
A guerra foi desencadeada pela invasão da Ucrânia ordenada em fevereiro de 2022 pelo Presidente russo, Vladimir Putin, para "desmilitarizar e desnazificar" o país vizinho.
Desconhece-se o número de vítimas civis e militares em quase três anos de combates, mas diversas fontes, incluindo a Organização das Nações Unidas, têm admitido que será elevado.
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