Primeiro-ministro da Índia prevê estreita colaboração com novo presidente

O primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, prevê trabalhar "em estreita colaboração" com o novo Presidente moçambicano, Daniel Chapo, para reforçar as relações históricas entre os dois países.

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Lusa
14/01/2025 08:00 ‧ há 10 horas por Lusa

Mundo

Moçambique/Eleições

ndia e Moçambique partilham um relacionamento de longa data, enraizado em fortes e vibrantes laços interpessoais. Ao longo dos anos, a nossa parceria cresceu em todas as áreas, para benefício mútuo do nosso povo", aponta Modi, numa carta enviada a Daniel Chapo, por ocasião da tomada de posse como quinto Presidente da República, agendada para quarta-feira.

 

Na carta, a que a Lusa teve hoje acesso, recorda "com carinho" a visita que realizou a Maputo em 2016, que também foi a primeira como primeiro-ministro da Índia à África continental, e assume estar "ansioso para trabalhar em estreita colaboração" com o novo chefe de Estado moçambicano "para fortalecer ainda mais os laços de amizade e colaboração" entre os dois países.

A Índia é um dos principais parceiros económicos de Moçambique, e comprou ao país, no primeiro semestre do ano passado, 763,2 milhões de dólares (747,1 milhões de euros) em bens e serviços -- essencialmente gás natural e carvão mineral, mas também legumes secos e castanha de caju -, equivalente a 19,8% das exportações moçambicanas em seis meses, segundo dados de um relatório sobre o comércio externo.

Pelo menos 2.500 pessoas são esperadas para a cerimónia de tomada de posse do novo Presidente moçambicano, Daniel Chapo, candidato apoiado pela Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, no poder) nas eleições gerais de 09 de outubro, mas a presença de chefes de Estado convidados está ainda por confirmar.

A vice-presidente da Comissão Interministerial para Grandes Eventos, Eldevina Materula, disse, na sexta-feira, que foram enviados nesse dia os convites para organismo internacionais e que esperavam ter confirmações nos dias seguintes.

"Nós enviámos os convites para toda Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), para União Africana e para alguns chefes de Estado europeus", incluindo Portugal, declarou então.

Portugal vai estar representado na posse de Daniel Chapo como novo Presidente de Moçambique pelo ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel.

O Conselho Constitucional (CC) de Moçambique fixou, oficialmente, o dia 15 de janeiro para a tomada de posse do novo Presidente da República, que sucede a Filipe Nyusi.

O CC, última instância de recurso em contenciosos eleitorais, proclamou Daniel Chapo, candidato apoiado pela Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, no poder), como vencedor da eleição a Presidente da República, com 65,17% dos votos, sucedendo no cargo a Filipe Nyusi, bem como a vitória da Frelimo, que manteve a maioria parlamentar, nas eleições gerais de 09 de outubro.

A sua eleição é, contudo, contestada nas ruas e o anúncio do CC aumentou o caos que o país vive desde outubro, com manifestantes pró-Venâncio Mondlane -- candidato que segundo o Conselho Constitucional obteve apenas 24% dos votos mas que reclama vitória -- em protestos a exigirem a "reposição da verdade eleitoral, com barricadas, pilhagens e confrontos com a polícia, que tem vindo a realizar disparos para tentar a desmobilização.

Confrontos entre a polícia e os manifestantes já provocaram quase 300 mortos e mais de 600 pessoas foram feridas a tiro, segundo organizações da sociedade civil que acompanham o processo.

Além de Venâncio Mondlane, apoiado pelo Partido Optimista pelo Desenvolvimento de Moçambique (Podemos), Daniel Chapo enfrentou Ossufo Momade (que obteve 6,62%), líder e apoiado pela Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), até aqui principal força da oposição, e Lutero Simango (que teve 4,02%), suportado e presidente do Movimento Democrático de Moçambique (MDM).

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