A descoberta foi feita por cientistas da Universidade de Jilin e da Universidade Sun Yat-sen, adiantou o jornal oficial China Daily, na quarta-feira.
O grupo de desenvolvimento destacou recentemente que a lonsdaleíta foi obtida a partir de grafite submetida a condições extremas de pressão e temperatura.
"A síntese de lonsdaleíta tem sido um ponto focal de investigação para cientistas de todo o mundo nos últimos 50 anos", frisou Yao Mingguang, professor do Laboratório Estadual de Materiais Superduros da Universidade de Jilin.
A lonsdaleíta, descoberta em 1967, forma-se naturalmente em locais de impacto de meteoritos, embora a sua síntese artificial tenha sido um desafio para a comunidade científica.
Para o conseguir, os investigadores chineses aplicaram uma pressão de 300 mil atmosferas, seis vezes superior à necessária para fazer diamantes convencionais.
Como resultado, obtiveram cristais com até 1,2 milímetros de diâmetro, um tamanho consideravelmente maior do que os obtidos em tentativas anteriores.
Para além da sua dureza excecional, a lonsdaleíta sintetizada exibe uma notável estabilidade térmica, mantendo-se estável até aos 1.100°C.
"Os diamantes recém-sintetizados apresentam estabilidade térmica e mantêm-se estáveis a temperaturas extremas", explicou Yao.
Esta característica pode permitir a sua aplicação em materiais ultra-resistentes e semicondutores.
Apesar dos progressos, a produção industrial ainda não é viável: "Encontrar catalisadores adequados pode abrir caminho para isso", frisou o investigador.
A equipa procura agora otimizar o processo para passar da síntese laboratorial para o fabrico em grande volume.
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