No discurso no jantar de Natal do Grupo Parlamentar do PS - que conta com a presença do presidente do partido, Carlos César, e do presidente honorário, Manuel Alegre -, Pedro Nuno Santos antecipou que 2025 será um ano "muito importante" com as eleições autárquicas e a preparação das presidenciais, mas também com o trabalho parlamentar no qual o partido continuará a apresentar as suas propostas.
"Aquilo que nós verificamos ao fim de meia dúzia de meses é que nós temos um governo que é incapaz, que é incompetente e que manipula a informação e os dados para esconder a incapacidade e a incompetência", acusou o líder socialista.
Para lá dos discursos do primeiro-ministro, como o da véspera no jantar de Natal do PSD, aquilo que o líder do PS considerou ser mais grave "é a ação governativa" do executivo PSD/CDS-PP que, "além de governar para uma minoria", "é profundamente incompetente e sem credibilidade".
Segundo Pedro Nuno Santos, "os exemplos sucedem-se semana após semana", começando pela saúde, que considerou ser uma "prova da incapacidade que o Governo tem de resolver os problemas do SNS" quando esta "foi uma das suas grandes bandeiras em toda a campanha".
"A incapacidade, a incompetência é permanente e sistemática. E o Governo não sabe ainda a diferença entre anúncios e políticas conjunturais e a resolução de problemas estruturais. A única coisa que a mim me surpreende é como nós ainda, todos, somos tolerantes com aquilo que o Governo vai fazendo e dizendo", enfatizou.
O líder do PS comprometeu-se com um trabalho ao longo do ano para dar esperança aos portugueses de que a sua vida poderá ser melhor.
"Não será com a direita, não será com as respostas que este Governo dá, não será sequer com a sua execução governativa, mas nós faremos o nosso combate, denunciaremos e continuaremos com sentido de responsabilidade, como disse a presidente do grupo parlamentar", comprometeu-se.
Pedro Nuno aproveitou ainda para apontar ao discurso da véspera de Montenegro contra ao PS, "um partido que, ainda há poucas semanas, teve o sentido de responsabilidade e de Estado de lhes viabilizar o orçamento de Estado".
"Vamos-lhes fazer frente no próximo ano, infligindo mais derrotas à direita. É esse o nosso trabalho. É esse o nosso compromisso com Portugal e com os portugueses", disse.
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