O conselheiro nacional do Chega e responsável pela concelhia de Oliveira do Hospital, João Rogério Silva, que foi acusado de ameaçar de morte e de destruir o veículo de um rival interno, anunciou, esta sexta-feira, ter apresentado a sua demissão do Conselho Nacional, além de se ter desfiliado do partido.
"Venho a informar que não sou militante do partido Chega, e que também apresentei a minha demissão do cargo de conselheiro nacional do partido. Mas o Chega poderá sempre contar com o meu voto", escreveu, na sua página da rede social Facebook.
João Rogério Silva apontou ainda que, no que diz respeito às acusações que pendem sobre si, espera "que a verdade prevaleça".
"Quanto aos processos judiciais de agressão contra a minha pessoa e minha esposa, vamos confiar na justiça, e que a verdade prevaleça", disse.
O caso foi avançado pelo Jornal de Notícias, que revelou, na quinta-feira, que João Rogério Silva foi acusado pelo Ministério Público (MP) por crimes de dano e ameaça agravada contra António José Cardoso, um militante do Chega que ambicionava liderar aquela Concelhia, a 19 de março de 2023.
O mesmo meio adiantou que João Silva destruiu o carro de António Cardoso com o 'rival' no interior e prometeu matá-lo, sob ameaça de uma faca.
"Confessou ao tribunal e publicamente também. Depois de fazer aquilo, ligou para uma série de testemunhas a dizer o que fez e até à Guarda Nacional Republicana confessou", disse a vítima ao JN.
O Jornal de Notícias indicou ainda que o Conselho de Jurisdição e o próprio líder do Chega, André Ventura, tinham conhecimento do caso, mas não afastaram o agressor dos cargos que ocupava.
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