O debate, agendado pelo PCP, teve início às 15h00 na Assembleia da República, tem uma duração prevista de pouco menos de duas horas e meia e contará com a presença do ministro dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte, e dos secretários de Estado do Trabalho, da Saúde e da Habitação.
Em declarações aos jornalistas na Assembleia da República, a líder parlamentar do PCP, Paula Santos, indicou que o objetivo do debate é confrontar o Governo "com as consequências das suas opções políticas".
"Estamos a falar de um Governo que está quase há um ano em funções, mas a verdade é que a situação hoje degradou-se e a situação de vida está mais difícil para os trabalhadores, para os reformados, para a população em geral", considerou.
Paula Santos defendeu que se tem assistido a uma "evolução extremamente negativa" da situação social, frisando que, atualmente, o "salários e as pensões não dão até ao final do mês", "o poder de compra é baixo, a vida está mais cara, há mais dificuldades no acesso à saúde e à habitação".
Na saúde, a líder parlamentar do PCP frisou que, além dos problemas que se têm verificado nas urgências hospitalares, há "mais de um milhão e meio de utentes sem médico de família", e, na habitação, "os custos são elevadíssimos e incomportáveis", seja para quem tem de pagar rendas como para quem tem crédito à habitação.
"E aquilo que nós temos visto da parte deste Governo é que, no conjunto destas matérias, não tem havido as respostas que são necessárias e, quando falamos das respostas que são necessárias, estamos a falar de medidas concretas para resolver este conjunto de problemas", referiu.
Acusando o executivo de estar a "aproveitar cada um destes problemas como uma oportunidade de negócio", Paula Santos salientou que o PCP vai também procurar afirmar, durante o debate, que é necessário outro rumo político , considerando que "está ao alcance do Governo tomar as medidas necessárias".
Entre as medidas que defendeu, a líder parlamentar do PCP referiu em particular a necessidade de se fixar o preço da botija de gás nos 20 euros, mas também de garantir que se criam condições as condições para fixar e valorizar os profissionais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) ou intervir na habitação para "combater os preços especulativos".
"É possível resolver estes problemas. Há condições, temos meios, precisamos, de facto, de uma política alternativa", defendeu.
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