A disputa começou quando, no domingo, Israel anunciou o encerramento da sua embaixada em Dublin, depois de a Irlanda ter anunciado que se iria juntar ao grupo de países que acusa Israel de genocídio em Gaza, perante o Tribunal Penal Internacional (TPI).
Num discurso a grupos de direita no Knesset (Parlamento israelita), Saar fez referência a uma entrevista do "primeiro-ministro antissemita da Irlanda", na qual Harris tinha dito que o seu país se opunha à fome de crianças ou ao assassinato de civis em Gaza.
"Israel mata crianças à fome? Quando crianças judias morreram de fome no Holocausto? No limite, vocês foram neutros na guerra contra a Alemanha nazi", censurou o chefe da diplomacia israelita, referindo-se aos irlandeses.
No seu discurso, Saar criticou ainda a forma como a Irlanda apresenta Israel como sendo "sempre o agressor".
"Sionismo e sionista tornaram-se termos pejorativos na Irlanda", disse o chefe da diplomacia israelita, comentando que aquele país europeu ultrapassou "todas as linhas vermelhas".
Em declarações feitas no domingo, Harris garantiu que "a Irlanda é a favor da paz, dos direitos humanos e do direito internacional".
"Manter os canais abertos nunca foi tão importante como agora, para que possamos compreender as posições uns dos outros, mesmo quando discordamos", insistiu Harris, após o encerramento da embaixada israelita em Dublin.
Em maio, Israel já tinha retirado o seu embaixador em Dublin, depois de a Irlanda ter reconhecido a Palestina como Estado, numa declaração conjunta com Espanha e Noruega.
Leia Também: Israel força deslocamento de palestinianos do norte da Faixa de Gaza