Pelo menos duas pessoas morreram e seis ficaram feridas, esta segunda-feira, na sequência de um tiroteio na Abundant Life Christian School, uma escola católica em Madison, Wisconsin, nos Estados Unidos.
A suspeita da autoria do ataque é uma aluna da escola, de 17 anos, que foi encontrada morta no estabelecimento de ensino pelas autoridades, revelou o chefe da polícia de Madison, Shon Barnes.
As outras escolas do distrito foram encerradas temporariamente, mas a polícia garante que não existem outras ameaças.
Trata-se do 83.º tiroteio em escolas este ano, segundo a CNN Internacional, ultrapassando o máximo de 2023.
Como tudo começou?
Uma pessoa que estava na escola ligou, por volta das 10h57 (16h57 em Lisboa), para o 911 a informar que havia um atirador ativo no local. A polícia respondeu à ocorrência e, quando chegou à Abundant Life Christian School, encontrou "várias vítimas com ferimentos de bala".
De acordo com Shon Barnes, o tiroteio estava "confinado a um espaço" no edifício.
Uma equipa de emergência médica estava em formação por perto, a quatro quilómetros, e respondeu à ocorrência.
© Murat Usubaliev/Anadolu via Getty Images
A polícia pediu à população para evitar as zonas circundantes à escola.
A instituição, Abundant Life Christian School, uma escola católica, deveria encerrar para férias na próxima semana.
Segundo o site da instituição, a escola tem cerca de 390 alunos, desde o jardim de infância ao ensino secundário.
As vítimas
As vítimas mortais do tiroteio são um professor e um aluno, além da autora do ataque, que também morreu. Seis pessoas ficaram feridas. Dois dos feridos são alunos e estão em estado crítico, de acordo com o chefe da polícia local.
O chefe dos bombeiros de Madison, Chris Carbon, afirmou que os feridos foram levados para o St. Mary's Hospital e para os hospitais da Universidade de Wisconsin.
Quem é a suspeita?
A suspeita da autoria do tiroteio é uma jovem estudante da escola, de 17 anos, que foi encontrada morta, no edifício, pela polícia quando chegaram ao local.
As autoridades deixaram claro que, ao entrar no edifício, não dispararam qualquer arma.
Para já, a polícia recusou fornecer outros detalhes sobre a identidade da suspeita, dizendo apenas que estão a trabalhar para determinar um motivo e que a família da estudante está a colaborar.
A arma usada
A arma utilizada no ataque foi uma pistola de calibre 9.
A Agência Federal de Álcool, Tabaco, Armas de Fogo e Explosivos está a investigar a arma de fogo para perceber a sua origem.
As reações
Em reação ao tiroteio, o governador do Wisconsin, Tony Evers, disse estar a "rezar pelas crianças, pelos educadores e por toda a comunidade escolar" enquanto aguarda mais informações.
"Estamos gratos pelos primeiros socorristas, que estão a trabalhar rapidamente para responder [à situação]", afirmou.
A Casa Branca adianta que o Presidente Joe Biden foi informado sobre o tiroteio e que os responsáveis já estão em contacto com as autoridades locais para prestar apoio.
"Notícias horríveis e que nenhuma família, nenhum pai, nenhum irmão, nenhum filho ou filha querem ouvir. Portanto, simplesmente terríveis. Continuaremos a concentrar-nos na comunidade de Madison e, obviamente, ofereceremos toda a ajuda necessária às autoridades locais e estatais", afirmou, aos jornalistas, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby.
Para terça-feira às 18h00 (00h00 de quarta-feira em Lisboa) está marcada uma vigília à luz das velas, no Capitólio do estado de Wisconsin, em Madison, revelou no Facebook Michael Johnson, responsável pela organização sem fins lucrativos de Wisconsin County Boys & Girls Club, dedicada ao apoio e desenvolvimento de crianças e jovens.
"Estamos a planear ativamente formas de prestar apoio, incluindo espaços seguros para os jovens processarem os seus sentimentos, partilhando recursos de saúde mental e colaborando com parceiros da comunidade para dar respostas às necessidades", escreveu o responsável.
A presidente da câmara, Satya Rhodes-Conway, marcará presença na vigília.
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