PS/Algarve pede a Governo para reequacionar abandono de centro oncológico

O PS do Algarve pediu hoje ao Governo para reequacionar o abandono do projeto de construção de um centro oncológico na região e acusou o executivo de coligação de direita de faltar à palavra aos algarvios.

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Lusa
07/02/2025 21:26 ‧ há 3 horas por Lusa

Política

Saúde

A Federação do PS do Algarve criticou a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, por ter na quinta-feira assumido, na Assembleia da República, que o Governo não ia avançar com a construção do Centro Oncológico de Referência do Sul (CORS), que tinha sido "proposto pelo PS e apoiado pelo PSD" quando estava na oposição.

 

A unidade estava "projetada para tratar 3.500 algarvios por ano" e "fazia parte da Lei do Orçamento de Estado", tendo também "8 milhões de euros de financiamento europeu já aprovado no âmbito do programa regional 20/30", salientou o PS num comunicado.

"A federação do PS Algarve exorta a ministra da Saúde a reconsiderar a sua posição, que resulta de informação deliberadamente errada, e que aceite a disponibilidade publicamente manifestada pela Câmara Municipal de Loulé para proceder a uma alteração simplificada do Plano de Pormenor do Parque das Cidades, aumentando (...) os índices de construção da atual área de equipamento", apelou a estrutura socialista.

O PS considerou que o interesse dos algarvios e dos doentes oncológicos da região está a ser prejudicado devido a uma "tática partidária" e lamentou que o PSD não cumpra as promessas eleitorais, com o Governo a dar agora o "dito por não dito" depois de ter inscrito o Centro Oncológico do Algarve no orçamento do Estado.

"A saúde dos algarvios não pode ser subjugada à tática partidária e aos negócios da saúde privada", defendeu a federação socialista, considerando que o "PSD inventa argumentos e desculpas porque não tem coragem para assumir politicamente que não quer construir o hospital oncológico" público.

O PS assinalou que são gastos seis milhões de euros por ano pelos hospitais do Algarve em exames e tratamentos oncológicos e há doentes a ir a Lisboa ou a Sevilha (Espanha) receber tratamentos que não existem na região sul do país.

A estrutura partidária observou que, em 2023, a administração do Centro Hospitalar do Algarve avançou para a criação de uma unidade oncológica na região, tendo as Câmaras de Loulé e de Faro disponibilizado um terreno para a instalar, situada no Parque das Cidades Faro-Loulé e que, "de acordo com o Plano de Pormenor, totaliza uma área de 311.000 metros quadrados".

A formação socialista acusou o PSD de querer "arranjar um bode expiatório" para justificar o abandono do projeto, como a incompatibilidade da área projetada com a prevista nos planos existentes.

"Diz o PSD que o projeto da Unidade Oncológica é superior ao terreno. O projeto do CORS implica a construção de 7.000 metros quadrados numa área de 311.000 metros quadrados", sustentou o PS, considerando que o argumento demonstra que "o peixe não é maior que o barco".

O Plano de Pormenor do Parque das Cidades também já foi alterado pelos municípios de Faro e Loulé, "em matéria de índices de construção", para adequar este instrumento de planeamento ao Plano Funcional do novo Hospital Central do Algarve, referiu.

"Ninguém, em parte alguma de Portugal, deixou ou deixará alguma vez de construir uma unidade hospitalar porque o índice de construção previsto num plano de ordenamento se revela insuficiente para responder às necessidades de um equipamento de interesse público como um hospital", considerou o PS.

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