Parlamento lembra "obra genial" de Carlos Paredes

O Parlamento aprovou hoje por unanimidade um voto de congratulação pelo centenário do nascimento do guitarrista Carlos Paredes, lembrando a sua obra como genial e sublinhando o seu compromisso com o povo.

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Lusa
28/02/2025 12:56 ‧ há 4 horas por Lusa

Política

Carlos Paredes

O Parlamento recorda Carlos Paredes pela "obra reconhecida como genial" nacional e internacionalmente, bem como as "importantes reflexões escritas que traduzem um entendimento da arte como fator determinante para a transformação social" e para a qual contribuíram "as expressões musicais urbanas e o seu papel na construção do Portugal democrático".

 

"Carlos Paredes é o exemplo inequívoco de um artista comprometido com o seu povo, com quem nunca deixou de estar antes e depois do 25 de Abril de 1974 e que foi fonte de inspiração para a sua obra", lê-se no voto - que recebeu aplausos de algumas bancadsa parlamentares após a aprovação - apresentado pela comissão de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto.

Carlos Paredes nasceu em Coimbra, em 16 de fevereiro de 1925, e morreu em Lisboa, em 23 de julho de 2004, cidade para onde a família se havia mudado logo em 1931.

Filho do guitarrista Artur Paredes, outro nome maior da guitarra portuguesa, Carlos Paredes deu continuidade a uma linha familiar de gerações de músicos, mantendo-se leal à tradição e ao estilo de origem, tocando a guitarra de Coimbra, com a afinação do fado de Coimbra.

Imprimiu, porém, uma abordagem pessoal, que o levou aos principais palcos mundiais e a trabalhos conjuntos com outros grandes intérpretes, como o contrabaixista norte-americano de jazz Charlie Haden, com quem editou o álbum "Dialogues". O Kronos Quartet adotou "Verdes Anos" para o seu repertório.

Carlos Paredes viveu, sobretudo, em Lisboa e a cidade inspirou muitas das suas composições. "Verdes Anos", uma das mais conhecidas da sua obra, foi composta para o filme homónimo de Paulo Rocha, marco do Novo Cinema português dos anos de 1960.

Combatente antifascista, opôs-se à ditadura e foi preso pela PIDE, no final da década de 1950, tendo sido encarcerado na Cadeia do Aljube e no Forte de Caxias.

Leia Também: Raimundo enaltece Carlos Paredes como "músico genial e homem generoso"

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