"É preciso apelar ao voto de toda a gente e dizer com muita clareza: um voto muda tudo. Um voto elege um deputado, um voto faz uma maioria, um voto elege deputados do BE, um voto pode baixar a renda e o preço das casas, é para isso que conta esta campanha, cada voto faz toda a diferença", afirmou Mariana Mortágua, em declarações aos jornalistas no Funchal, no início de uma arruada pelo centro da cidade.
Insistindo que a mensagem que o BE quer deixar hoje, dia em que encerra a campanha, é que "por um voto o BE pode voltar ao parlamento regional, por um voto o BE pode determinar uma maioria na Madeira", Mariana Mortágua deixou elogios à estrutura regional do partido, que classificou como "uma força da natureza".
"O Bloco/Madeira é uma força da natureza, dentro, fora do parlamento, onde quer que esteja tem estado a lutar pela região, nunca baixaram os braços, nunca deixaram de denunciar os problemas, a asfixia democrática, a degradação do regime do PSD, nunca deixaram de falar dos temas que importam, da igualdade, do direito à habitação, da saúde, do trabalho", salientou, apelando à necessidade de o partido regressar ao parlamento da Madeira, depois de nas regionais antecipadas de 2023 ter perdido a representação.
Questionada se, caso o BE consiga regressar ao parlamento da Madeira, a estrutura regional e a direção nacional estarão alinhadas quando se falar de entendimentos após as eleições, Mariana Mortágua assegurou que no partido "a autonomia existe e é real".
Pois, acrescentou, apesar de os candidatos do partido e a coordenadora regional, Dina Letra, que é a número dois na lista, conversarem com a direção nacional e estarem sempre em sintonia, "será o BE/Madeira a decidir o futuro do que vai acontecer" na região.
"A decisão pertencerá sempre ao BE/Madeira", garantiu, recordando que o Bloco é "oposição ao regime do PSD", ao "regime de degradação que o PSD impôs à Madeira, à pobreza, à precariedade, à especulação imobiliária" e tudo fará para "criar uma alternativa".
Após falar aos jornalistas, Mariana Mortágua, que depois de já ter estado na Madeira no primeiro dia da campanha voltou na quinta-feira à região, acompanhou a arruada dos candidatos bloquistas às eleições de domingo.
A lista do BE é encabeçada por Roberto Almada que, depois de em 2023 ter sido eleito deputado nas eleições realizadas em setembro, falhou a reeleição nas regionais antecipadas de maio de 2024.
Às legislativas de domingo da Madeira, as terceiras em cerca de um ano e meio, concorrem 14 candidaturas que vão disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo único: CDU (PCP/PEV), PSD, Livre, JPP, Nova Direita, PAN, Força Madeira (PTP/MPT/RIR), PS, IL, PPM, BE, Chega, ADN e CDS-PP.
As eleições antecipadas ocorrem 10 meses após as anteriores, na sequência da aprovação da moção de censura apresentada pelo Chega e da dissolução da Assembleia Legislativa pelo Presidente da República.
O PSD tem 19 eleitos regionais, o PS 11, o JPP nove, o Chega três e o CDS-PP dois. PAN e IL têm um assento cada e há ainda uma deputada independente (ex-Chega).
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