"Está na hora de o povo recuperar a força que perdeu no parlamento [da Madeira]. Esta é a hora de garantir que os trabalhadores e o povo vão recuperar a força que perderam nas últimas eleições", disse Edgar Silva na iniciativa do último dia de campanha, na freguesia do Curral das Freiras, no concelho de Câmara de Lobos.
A candidatura privilegiou o contacto com as populações apelando ao voto na coligação e realizou "um encontro com pessoas representativas das lutas reivindicativas, da luta pelos direitos do povo ao desenvolvimento", referiu.
"Os injustiçados desta terra reconhecem que é a CDU o voto necessário para dar prosseguimento às lutas reivindicativas e à conquista de direitos por parte de quem está nas periferias desta sociedade tão injusta e tão desigual", sustentou o candidato.
Edgar Silva opinou que estas pessoas "reconhecem que a CDU faz falta no parlamento [regional] e que a CDU é quem tem o compromisso com a justiça social".
O cabeça de lista comunista realçou que as pessoas sabem que é esta a força partidária que "está com as populações todos os dias e sabem que agora está nas suas mãos dar mais força a este projeto".
No entender de Edgar Silva, "num quadro em que a voz e a força dos direitos de milhares de pessoas deixaram de ter lugar no parlamento da Madeira, está na hora de garantir que passará a haver uma voz que defende os direitos dos trabalhadores e do povo, todos os dias" na Assembleia Legislativa.
"Tantas justas reivindicações e problemas do desenvolvimento humano e social, que apenas eram objeto de intervenção política e de iniciativa parlamentar através de deputados eleitos pela CDU, deixaram de ter voz nos trabalhos parlamentares na região", sublinhou.
Por isso, considerou que "como é reconhecido por tanta gente, é preciso resgatar ou recuperar essa voz e essa força na luta pelos direitos".
As legislativas da Madeira, as terceiras em cerca de um ano e meio, decorrem no domingo, com 14 candidaturas a disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo único: CDU (PCP/PEV), PSD, Livre, JPP, Nova Direita, PAN, Força Madeira (PTP/MPT/RIR), PS, IL, PPM, BE, Chega, ADN e CDS.
As eleições antecipadas ocorrem 10 meses após as anteriores, na sequência da aprovação de uma moção de censura apresentada pelo Chega - que a justificou com as investigações judiciais envolvendo membros do Governo Regional, inclusive o presidente, Miguel Albuquerque (PSD) -- e da dissolução da Assembleia Legislativa pelo Presidente da República.
O PSD tem 19 eleitos regionais, o PS 11, o JPP nove, o Chega três e o CDS dois. PAN e IL têm um assento e há ainda uma deputada independente (ex-Chega).
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