Nomeado em 13 de dezembro, o primeiro-ministro deve nomear rapidamente um Governo para dotar o país de um orçamento, interrompido pela moção de censura ao seu antecessor em 05 de dezembro.
François Bayrou acrescentou que espera a aprovação de um orçamento "em meados de fevereiro".
"Espero que possamos ter isso em meados de fevereiro, não tenho a certeza se lá chegarei", declarou o primeiro-ministro.
Bayrou especificou que vai começar a trabalhar a partir "da cópia que foi votada" no Parlamento antes da censura ao governo do seu antecessor, Michel Barnier.
E acrescentou que gostaria que o ministro do Interior demissionário, Bruno Retailleau, fosse um membro do governo que pretende nomear antes do Natal.
"Penso que o senhor Retailleau mostrou nas últimas semanas e meses que encontrou decisões e orientações que responderam a parte do que a opinião pública pede", esclareceu, embora tenha reconhecido que Retailleau irrita a esquerda.
Quase uma semana após a sua nomeação, o novo primeiro-ministro francês, François Bayrou, convidou hoje as forças políticas, com exceção da esquerda radical e da extrema-direita, e propôs-lhes que integrassem o seu governo, dizendo que estava pronto para "retomar" a reforma do sistema de pensões, mas sem a suspender.
A França, com uma Assembleia Nacional fragmentada em três blocos (centro tradicional e direita, esquerda e extrema direita), deve adotar medidas para reduzir o seu elevado défice, que no final de 2024 estima-se que atingirá 6,1% do produto interno bruto (PIB), numa altura de impasse político e financeiro.
O Senado francês aprovou na quarta-feira definitivamente, quase por unanimidade, a "lei especial" para prolongar o orçamento de 2024 para além do final do ano, enquanto se espera a formação do Governo do novo primeiro-ministro, François Bayrou.
A "lei especial" permite continuar a cobrar impostos com as disposições que vigoravam em 2024 e atribuir dotações orçamentais às administrações públicas.
Contempla ainda pagar a contribuição à União Europeia e permite que a Segurança Social e outros organismos públicos continuem a emitir títulos de dívida para se financiarem.
[Notícia atualizada às 21h25]
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