Fundada em 1805, a associação maçónica Grande Oriente d'Italia foi alvo de buscas no âmbito de uma investigação ordenada por uma comissão parlamentar sobre possíveis ligações entre a máfia e a maçonaria.
As buscas resultaram na "apreensão de numerosos documentos em papel e digitais, incluindo listas de cerca de 6000 pessoas, (...) bem como discos rígidos, dispositivos USB e computadores", declarou o TEDH, em comunicado.
No acórdão, os juízes de Estrasburgo consideraram que a busca e apreensão violou o artigo 8.º da Convenção Europeia dos Direitos Humanos, que garante o direito ao respeito pela vida privada.
Os magistrados consideraram que o mandado de busca não estava suficientemente justificado, apontando que, "em particular, não havia provas nem razões plausíveis para suspeitar que a associação requerente estivesse envolvida nos factos em investigação".
O TEDH condenou a Itália a pagar à loja Grande Oriente d'Italia 9600 euros por danos não pecuniários e 5344 euros por encargos e despesas.
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