A irmã de um jovem de 15 anos que foi assassinado, no Reino Unido, brandiu as cinzas do irmão durante a audiência da sentença dos suspeitos e exigiu que estes não o esquecessem.
Mason Rist, de 15 anos, e Max Dixon, de 16, foram perseguidos e atacados por quatro adolescentes armados no início do ano, em Bristol.
A morte dos jovens, no entanto, revelou-se um caso de troca de identidade e ambos foram erradamente identificados como responsáveis por um ataque com tijolos contra uma casa, na zona de Hartciffle.
Riley Tolliver, de 18 anos, e três outros adolescentes - de 15, 16 e 17 anos - foram condenados por duas acusações de homicídio, no mês passado, no seguimento de um julgamento por homicídio que decorreu ao longo de seis semanas.
Segundo o The Independent, na sexta-feira, durante a audiência da sentença dos quatro adolescentes, no Tribunal da Coroa de Bristol, familiares das vítimas tiveram oportunidade de fazer declarações, nos quais se incluiu a irmã de Mason, Chloe Rist.
A irmã do jovem não o deixou para trás e, com ela, trouxe para tribunal as cinzas dele, uma impressão da mão da vítima e ainda cabelo com sangue do familiar.
"Estas são as cinzas do Mason e isto foi o que vocês fizeram. Se alguém está chateado por eu tê-las levado hoje a tribunal, isto é tudo o que me resta dele", sublinhou a irmã da vítima de 15 anos, que afirma que "também não devia ter que olhar para os fragmentos ósseos do meu irmão. Eu também tenho uma mecha do cabelo dele que tem o seu sangue, se quiserem ver".
"Esta é a impressão da mão do meu irmão morto. Outra coisa que vocês fizeram. Eu deveria poder agarrar a mão do meu irmão, não olhar para ela num pedaço de papel", continua Chloe Rist. "Espero que as vossas desculpas sejam genuínas, mas, infelizmente, não posso ter a certeza. Espero que não esqueçam o Mason porque ele não merecia nada disto".
Os dois jovens foram perseguidos pelos quatro arguidos com um taco de basebol e com catanas. Em cerca de 33 segundos, os atacantes regressaram ao carro, onde se encontrava um quinto arguido, Antony Snook, de 45 anos. Este foi o motorista que os pôs em fuga do local do crime.
As vítimas morreram no hospital na madrugada de 28 de janeiro.
Antony Snook foi condenado a perpétua e a cumprir uma pena mínima de 38 anos, depois de ser também considerado culpado do homicídio dos jovens.
A sentença dos outros quatro arguidos será conhecida na sexta-feira.
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