Edmundo González foi convidado para a tomada de posse de Donald Trump

O venezuelano Edmundo González Urrutia, que a oposição diz ter ganho as últimas eleições presidenciais na Venezuela, estará presente na tomada de posse do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, anunciou hoje o Comando com A Venezuela (ConVzla).

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© Ting Shen/Bloomberg via Getty Images

Lusa
16/01/2025 21:34 ‧ há 3 horas por Lusa

Mundo

Venezuela

"O Governo dos Estados Unidos, sendo um grande aliado da causa democrática venezuelana, convidou o 'legítimo' Presidente da Venezuela, Edmundo González Urrutia, para a tomada de posse do Presidente eleito Donald Trump. González confirmou a sua presença e viajará este fim de semana para Washington, onde também espera encontrar-se com outros membros da nova administração", explica o ConVzla em um comunicado.

 

O documento explica que o opositor venezuelano aproveitará "todos os espaços para defender a vontade dos venezuelanos" e que "cada dia são mais os aliados internacionais que se unem à luta" da oposição venezuelana.

Em 09 de janeiro, no âmbito de manifestações antiregime na Venezuela, Donald Trump, reconheceu Edmundo González Urrutia como vencedor das eleições presidenciais de 28 de julho na Venezuela.

"A ativista pela democracia venezuelana Maria Corina Machado e o presidente eleito González estão a expressar pacificamente as vozes e a vontade do povo venezuelano, com centenas de milhares de pessoas a manifestarem-se contra o regime (...) Estes lutadores pela liberdade não devem sofrer dano e devem permanecer seguros e com vida!", escreveu Donald Trump na sua conta da X, antigo Twitter.

O Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, tomou posse na sexta-feira para um terceiro mandato, apesar de a oposição reivindicar vitória nas eleições presidenciais de julho e após protestos no país e no estrangeiro contra a repressão exercida pelo seu governo.

Maduro prestou juramento de posse, a 10 de janeiro de 2025, perante a Assembleia Nacional (parlamento) controlada pelo partido no poder, um dia depois de a principal líder da oposição venezuelana, Maria Corina Machado, ter anunciado que foi detida pelas forças de segurança do Estado, o que o governo negou.

A Plataforma Unitária Democrática (PUD), que reúne os principais partidos opositores venezuelanos, acusou Nicolás Maduro de consumar um "golpe de Estado" ao ter prestado juramento como Presidente da Venezuela para os próximos seis anos.

No dia da tomada de posse Edmundo González Urrutia acusou Nicolás Maduro de "violar a Constituição e a vontade soberana do povo venezuelano" expressada nas presidenciais de 28 de julho".

"Deu um golpe de Estado. Coroou-se a si próprio como ditador. Não está acompanhado pelo povo. Não é acompanhado por nenhum governo que se respeite como democrático. Apenas os ditadores de Cuba, do Congo e da Nicarágua", afirma num vídeo divulgado nas redes sociais.

Sobre o seu regresso a Caracas, explicou que continua "a trabalhar nas condições" para entrar na Venezuela e para "assumir a Presidência da República e o Comando-Chefe das Forças Armadas, tal como ordena a Constituição e o povo".

"Represento a vontade de quase oito milhões de venezuelanos na pátria e a de milhões de compatriotas que foram impedidos de votar no estrangeiro. E tenho o dever de defender esse compromisso", explica.

Leia Também: Noruega abre investigação a ataque a embaixada da Venezuela em Oslo

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