Estruturas distritais e regionais do PSD manifestam "total apoio" ao PM

As comissões políticas regionais dos Açores e da Madeira e "todas as distritais do PSD" manifestaram hoje "total apoio ao primeiro-ministro", que consideram estar a ser alvo de um "feroz ataque" à sua idoneidade para causar instabilidade política.

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© Facebook/ Paulo Cunha

Lusa
05/03/2025 11:07 ‧ há 11 horas por Lusa

Política

Luís Montenegro

Num comunicado enviado à Lusa e assinado pelo líder da distrital de Braga e eurodeputado do PSD Paulo Cunha, lê-se que as estruturas regionais e distritais sociais-democratas "decidiram, de forma unânime, tomar posição pública acerca da situação política nacional", a poucas horas de Luís Montenegro enfrentar a segunda moção de censura no parlamento em 12 dias com origem na situação da sua empresa familiar.

 

"Assistimos a um feroz ataque à idoneidade do primeiro-ministro de Portugal. À falta de razões para atacar as políticas, ataca-se o político", criticam, elogiando a atuação do Governo PSD/CDS-PP nos seus primeiros 11 meses.

Para as estruturas do PSD, a apresentação de duas moções de censura "num espaço de cerca de 15 dias, apresentadas pela extrema-esquerda e pela extrema-direita, a que acresce a ameaça de uma comissão parlamentar de inquérito feita pelo Partido Socialista, são sinais de uma gravíssima irresponsabilidade da oposição perante o contexto geopolítico global" atual.

"Temos um primeiro-ministro que, mais que idóneo, é exemplar na forma como se submete ao escrutínio público, na forma como presta contas ao país com total transparência, respeita as regras que regulam o conflito de interesses", dizem, expressando "total apoio" quer a Luís Montenegro, quer ao governo que lidera.

Para as estruturas regionais e distritais do partido, "é saudável para a democracia poder contar com políticos experientes, com passado e provas dadas nos setores público ou privado, mas também com futuro, sem dependerem da política".

"A política é um serviço e não uma profissão (...) Luís Montenegro sempre separou a sua vida profissional da política e não pode ser censurado tão só porque teve vida profissional antes do desempenho político", defendem.

No comunicado, consideram existir "uma convergência política que une socialistas às extremas esquerda e direita, unicamente concentrados em criar instabilidade política".

"Quando um líder partidário ainda antes de ser candidato e muito antes de ser primeiro-ministro se desvincula de vínculos societários e profissionais que, legitimamente, exercia antes de o ser e nenhum ato pratica depois de empossado na liderança do governo que possa colidir com aquelas anteriores atividades, não se consegue perceber o que de errado possa ter feito nem o que devesse fazer de diferente do feito", consideram.

Os dirigentes regionais e distritais do PSD afirmam ainda que "é decisivo para as populações que este governo continue focado nos reais problemas dos portugueses".

Para estas estruturas, "a chegada de Luís Montenegro ao Governo foi sinónimo de melhoria, não só nos indicadores, como na vida das pessoas", dizendo que "pacificaram-se relações sociais, valorizaram-se carreiras e remunerações, os cidadãos ganharam melhores serviços públicos.

"Jovens e seniores viram as suas especificidades ser valorizadas. Há mais justiça social e compromisso intergeracional, enquanto a economia cresce, a dívida baixa, há menos desemprego, os portugueses pagam menos impostos e a imagem externa do país melhora", sublinham.

O parlamento debate e vota hoje a moção de censura do PCP ao Governo -- com chumbo anunciado, 12 dias após o Chega ter apresentado outra, também rejeitada -, na sequência da comunicação ao país do primeiro-ministro no sábado, na qual admitia avançar com uma moção de confiança ao Governo se os partidos da oposição não esclarecessem se o executivo "dispõe de condições para continuar a executar" o seu programa.

Montenegro fez esta declaração após ter sido noticiado que a empresa Spinumviva - até sábado detida pela sua mulher, com quem é casado em comunhão de adquiridos, e filhos -, recebe uma avença mensal de 4.500 euros do grupo Solverde por "serviços especializados de 'compliance' e definição de procedimentos no domínio da proteção de dados pessoais".

[Notícia atualizada às 11h14]

Leia Também: Governo enfrenta hoje (mais 1) moção de censura com CPI no horizonte

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